Escritos e reflexões de uma mente atordoada Fora dos ilimitados limites da razão

sábado, abril 29, 2006

As minhas máquinas maravilhosas

Essa semana fui vítima da revolta dos aparelhos eletro-eletrônicos multimídias. Tudo começou com a minha impressora, que de uma hora para outra, resolveu encerrar os seus trabalhos e não imprime mais nem sob o comando do Dalai Lama. Meu humilde aparelho de som gostou tanto do cd do green day que agora só toca ele. Não adianta oferecer the strokes, Franz Ferdinand, los hermanos ou bambix. Ele só aceita green day. Tentativas com Bruno e Marrone não foram e não serão feitas. Para completar meu celular simplesmente apagou. Tentei reanimá-lo, mas não consegui identificar o local pelo qual deveria ser feita a respiração boca a boca. Pelo menos vão parar de ligar perguntando quanto eu cobro para consertar máquina de lavar*.

Quase ia esquecendo do meu monitor, mas ele fez questão de me lembrar. O coitado anda meio necessitado de atenção e de uns tempos para cá fica piscando freneticamente em diferentes cores. Acho que ele anda meio sentimental demais.Tem dia que está tudo azul, em outros fica meio verde, mas o ruim mesmo é quando ele torna-se vermelho. Nesse exato momento ele está em um tom meio pastel, ou melhor vermelho, digo azul; enfim, ele está passando por uma crise de identidade.

O fato é que as máquinas, das quais tanto preciso andam um pouco estranhas. Isso me tem feito olhar meio desconfiado para a televisão. Em certas horas tenho a real impressão de que ela está rindo de mim. Ou eu estou ficando louco, ou a revolta das máquinas está próxima.
* Recebo, ou melhor recebia três tipos de ligações no meu celular: Minha mãe perguntando se eu me mudei de casa, a operadora telefônica anunciando o corte da linha e o índice mais recorrente de chamadas: pessoas procurando pelo Gilson, que após alguns meses descobri que é um mecânico de máquinas de lavar

sexta-feira, abril 21, 2006

A teoria do pessimismo otimista

Dizem por aí que vive-se melhor quando se é otimista. Mentira. Ser pessimista é algo muito mais gratificante. Otimistas esperam que o futuro lhes reserve coisas grandiosas. Pessimistas aguardam o pior e esperam pelo desastre futuro. Com o desenrolar da linha do tempo, dois desfechos são possíveis: ou todas as coisas dão errado ou tudo dá certo até demais. Nos dois casos o pessimista sai ganhando. Se o futuro, aguardado como um desastre total completa-se, ele apenas teve a confirmação da sua previsão. Se o futuro sai um pentelho de sapo melhor do que se esperava, ele já sai ganhando. Quanto ao otimista, só haverá plena satisfação se o futuro lhe reservar o melhor destino, exatamente o que ele esperava. Qualquer falha na suposta perfeição prevista acarretará em uma frustração.

Pessimistas sempre saem ganhando. Além disso, pessimistas ao extremo acabam sendo otimistas, já que bem lá no fundo sempre haverá uma expectativa de que as coisas não poderão ser tão ruins quanto suas desastrosas previsões. O Pessimista otimista é aquele que, após o desfecho de todas as expectativas, sempre sai satisfeito consigo mesmo. Portanto, sejamos pessimistas, mas pessimistas otimistas, porque assim mesmo quando tudo for um desastre, de alguma forma será sempre melhor do que as nossas expectativas.

sábado, abril 15, 2006

As cinco manias

A Dona Bispo me passou isso aqui já a algum tempo. Demorei algumas semanas para descobrir, mais algumas para escrever e outras para publicar. Mas finalmente consegui escrever as minhas cinco manias. Isso é mais difícil do que parece, lá vai:

1- Sempre que entram várias pessoas no ônibus ao mesmo tempo, eu aposto comigo mesmo qual irá sentar ao meu lado. Quase sempre eu perco.
2- Pego e guardo todo o tipo de papel que me dão na rua. Ao final da semana a minha mochila fica cheia de ofertas de empréstimos, compra de ouro, bingos, serviços ligados ao ramo das diversões íntimas e outras bizarrices.
3- Lanço constantes olhares para o meu tênis enquanto ando na rua. O ângulo de visão que se tem do tênis de cima é totalmente diferente do que as outras pessoas têm.
4- Leio tudo o que vejo pela frente, enquanto viajo de ônibus: outdoors, cartazes, inscrições em roupas, livros, jornais e revistas alheios.
5- Possuo algum tipo de paranóia que faz com que eu sempre tente adivinhar o que as pessoas vão achar acerca de mim. Talvez isso seja meio egocêntrico, mas sempre que faço algo, acho que todas as pessoas que presenciaram vão ficar comentando ou na maioria das vezes criticando.

sábado, abril 08, 2006

Sobre elas e o espelho

Fechada a porta, tudo transforma-se. Meu espelho, mais uma vez toma vida:

-E aí, como foi o seu dia?
- Nossa, quanto tempo que eu não falava com você.
- Pois é. Você tem andado muito impulsivo.
- Impulsivo? Eu? Pode acreditar que não. Se tem alguém que pensa, pensa e pensa de novo antes de fazer algo, esse alguém só eu. As vezes me perco em meio a tanta reflexão.
- Mas é justamente a reflexão que está faltando em você e é por isso que estou aqui. Precisamos desse momento. Precisamos recapitular as coisas. Você conseguiu dar um adeus amigável para aquela maluca?
- É, foi melhor do que eu esperava. Comecei um pouco receioso, medindo as palavras para não magoá-la, mas eu consegui falar.
- E ela?
- Foi engraçado. Eu disse para ela que era melhor dar um tempo e tal. Ela respondeu que por telefone era meio estranho mas que ela tinha certeza do que estava fazendo. No final ainda perguntou se eu ia ficar bem.
- Quer dizer que no final foi ela quem te dispensou?
- Acho que sim. E eu aqui preocupado em como dizer que eu só fiquei com ela da primeira vez porque havia bebido demais.
-É, as mulheres são mesmo seres muito estranhos, mas eu ainda acho que ela só falou isso para terminar a relação por cima. Aposto que ela vai espalhar para todos que foi ela quem terminou o relacionamento.
- É bem provavél. Isso tem até um lado bom
-lado bom?
-É. Vou poder buscar consolo em outros braços.
- Por falar em outros braços, como vai ela?
- Ela quem?
- Ela, de quem você fala todos os dias, me enchendo a paciência com os mínimos detalhes acerca dos mínimos diálogo que você trava com ela.
-Ah, ela fica cada dia mais incrível. O pior de tudo é saber que a distância entre nós amplia-se cada vez mais.
-Ah, você é muito mole.
- Lembra daquele dia que eu te falei que pude acariciá-la enquanto ela repousava a cabeça sobre o meu colo? E aquela outra vez em que eu passei a maior parte do show conversando com ela? Ela ali, com a cabeça encostada no meu ombro e eu tentando encontrar palavras para descrever o momento.
- Pegou?
-Não, mas esses momentos valeram muito, muito mesmo.
- Eu disse, você é muito mole.
- É, acho que sou mesmo muito mole...

sábado, abril 01, 2006

Um ano de blog: a festa continua

Dando continuidade à serie de textos comemorativos pelo primeiro ano do incomensurável, apresento-lhes o texto de uma blogueira muito especial. Alguém que alegra as minhas madrugadas pelo msn. Refiro-me a detentora da poderosa esferográfica azul: Lelinha. Chega de apresentações, vamos logo ao texto. E a festa continua...

Ele me pediu e cá está a caneta escrevendo Incomensuravelmente.
Eu nem sei sobre o que escrever.
Completar um ano de blog (mesmo que não se escreva diariamente) é algo que te estimula muito.

Os blogues vem se tornando, cada dia mais, importantes veículos de informações. Mas observe como é algo estranho:
Você vai em um blog, qualquer blog e lê...
Depois de ler você analisa...
Depois de analisar você expressa sua opinião no comentário.
Depois de comentar você fecha e espera receber o comentário em seu pequeno recinto cibernético do dono daquele blog.
E isso vai virando um círculo vicioso e exercitando em nós, coisas bem básicas como a escrita, a leitura, a interpretação de textos (dependendo do blog, é óbvio) e etc.

Até que chega um dia que você quer um contato além das linhas... quer conhecer o rosto de quem escreve naquele blog, quer conversar, quer se tornar amigo, mais próximo.
Blogs são ferramentas que também tem sido usadas para fazer amigos e bons amigos. É tão interessante e Incomensurável.
É o que mais tem me fascinado no mundo dos blogs.
Conheci pessoas, colegas, amigos, irmãos... Conheço gente que eu preciso urgentemente abraçar, conheço gente que prefiro estar longe...
Tudo isso bem expresso nas entrelinhas.
De lá pra cá, de texto em texto, de blog em blog...

Numa dessas idas e vindas caí aqui.

Ju, Feliz Blogversário... Incomensuravelmente.
Obrigada pelas farras msnescas. Me disseram que eu sou a garota propaganda do msn...
Obrigada por fazer parte desse mundo blogueiro.
A caneta está ao seu dispor...
Beijocas e inté!

Lelinha