Escritos e reflexões de uma mente atordoada Fora dos ilimitados limites da razão

sábado, abril 29, 2006

As minhas máquinas maravilhosas

Essa semana fui vítima da revolta dos aparelhos eletro-eletrônicos multimídias. Tudo começou com a minha impressora, que de uma hora para outra, resolveu encerrar os seus trabalhos e não imprime mais nem sob o comando do Dalai Lama. Meu humilde aparelho de som gostou tanto do cd do green day que agora só toca ele. Não adianta oferecer the strokes, Franz Ferdinand, los hermanos ou bambix. Ele só aceita green day. Tentativas com Bruno e Marrone não foram e não serão feitas. Para completar meu celular simplesmente apagou. Tentei reanimá-lo, mas não consegui identificar o local pelo qual deveria ser feita a respiração boca a boca. Pelo menos vão parar de ligar perguntando quanto eu cobro para consertar máquina de lavar*.

Quase ia esquecendo do meu monitor, mas ele fez questão de me lembrar. O coitado anda meio necessitado de atenção e de uns tempos para cá fica piscando freneticamente em diferentes cores. Acho que ele anda meio sentimental demais.Tem dia que está tudo azul, em outros fica meio verde, mas o ruim mesmo é quando ele torna-se vermelho. Nesse exato momento ele está em um tom meio pastel, ou melhor vermelho, digo azul; enfim, ele está passando por uma crise de identidade.

O fato é que as máquinas, das quais tanto preciso andam um pouco estranhas. Isso me tem feito olhar meio desconfiado para a televisão. Em certas horas tenho a real impressão de que ela está rindo de mim. Ou eu estou ficando louco, ou a revolta das máquinas está próxima.
* Recebo, ou melhor recebia três tipos de ligações no meu celular: Minha mãe perguntando se eu me mudei de casa, a operadora telefônica anunciando o corte da linha e o índice mais recorrente de chamadas: pessoas procurando pelo Gilson, que após alguns meses descobri que é um mecânico de máquinas de lavar