Escritos e reflexões de uma mente atordoada Fora dos ilimitados limites da razão

sábado, dezembro 17, 2005

Os filmes da minha semana

Essa semana pude assistir a uma quantidade razoável de bons filmes. Poderia escrever um texto sobre cada um deles, mas isso ficaria tão empolgante quanto uma novela mexicana. Optei por resumir cada filme em um parágrafo. Para quem preferiria o estilo novela mexicana eu lamento a minha escolha, mas é que eu não me chamo Pedro Rodrigo Henrique Emanuel Hinácio escamoso.
Aí vão os filmes brevemente comentados por este que vos escreve:

Oldboy
Uma cara fica preso por 15 anos e ao sair, parte em busca de respostas e vingança. Um filme feito por aquela rapaziada do olho puxado que tem provado entender muito da sétima arte. A história se desenvolve muito bem. Destaque para a parte em que Dae Su luta contra cerca de 20 caras em um corredor: a melhor cena do filme.

Terra dos Faraós
Um filme de 1955 sobre o Egito faraônico que era para ser sério, mas que torna-se uma verdadeira comédia. Um Egito um pouco diferente com camelos, papagaios, um cara chamado senta e um faraó que reclama da poeira do deserto, entre outras bizarrices. Vale a pena assistir, especialmente se você fizer como eu e ouvir seguidamente uma palestra de um egiptólogo comentando o filme. O filme simplesmente não existe em locadoras e o único jeito de assisti-lo é esperar pela sua aparição nas madrugadas da globo. Me avise se você souber quando vai passar de novo.

Menina de ouro
Ver o filme um pouco depois de todo o frenesi que ele causou na estréia tem lá sua vantagens. Lembro que ele estreiou quase na mesma época que o espanhol “Mar adentro” que também fala sobre a polêmica da eutanásia. Este último é mais psicológico e entra profundamente nos conflitos pessoais do candidato à morte voluntária. “Menina de ouro” mostra a mesma questão sobre um outro ângulo. Nele você vai acompanhado as vitórias que a protagonista vai conquistado e quando se está junto com ela em toda a plenitude da vida e dos desafios, ocorre o inesperado. É um filme sobre vida e vitória que paradoxalmente passa pela eutanásia. Já foi incluído minha lista das 10 melhores películas do ano.

Os sonhadores
Um filme que se passa na conturbada capital francesa de 1968. Começa muito bem, mas a partir da metade vira um bacanal entre dois irmãos e outro cara. Salvam-se, na segunda metade do filme, alguns diálogos que lembram um pouco “Edukators”. Este é por sinal sem sombra de dúvida infinitamente melhor que “os sonhadores” que parece ser uma dessas películas bizarras tidas como cult.
ps: A atriz principal é muito mais linda vestida do que nua.


O massacre da serra elétrica
Diversão garantida. Não vi a primeira versão, mas gostei muito dessa belíssima refilmagem. Um estilo de filme que nunca vai sair da moda com gritos e sangue, muito sangue. As perseguições em que o maníaco corre atrás de suas vítimas são lindas. Os perseguidos enquadram-se naquele padrão de filmes de terror norte-americano: jovens idiotas que querem curtir a vida. Não há como não torcer a favor do cara que empunha a serra elétrica.